AS CIDADES INTELIGENTES E AS NARRATIVAS DE FUTURO
Resumo
De algum tempo a esta parte, temos vindo a passar da polis para a technopolis. A evolução dos digital media tem tornado as cidades numa máquina 2.0. Os cidadãos agora confiam nas imagens do futuro e nas propostas de sustentabilidade, energias renováveis e melhor mobilidade urbana. Enquanto o automóvel é reconfigurado neste novo conceito de cidade, já o telemóvel, o smartphone, torna-se o controlo remoto para se aceder à cidade dos bits (de informação digital). Na cidade inteligente, o nosso rasto digital é compreendido pela moldura técnica da cidade. Hoje em dia, consumimos também narrativas de futuridade, queremos acreditar que podemos ativamente intervir em cidades inteligentes e que, uma vez tendo o computador saído da caixa, o futuro promete acesso a uma sociedade de informação em que a cidade é o novo palco futurista de acesso a dados, capital, tendências e promissoras indústrias culturais. Mais do que um acervo do passado, as novas cidades inteligentes preparam-se para receber novos cidadãos mais ativos e criativos. Resta saber, respeitando cada cidade a sua narrativa de futuridade, se a realidade se consolidará numa utopia, numa distopia ou numa protopia (que é o mais provável), devido à expansão dos meios digitais.
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