Remote Sensing: Imagens da Luz e da Escuridão e a Ideia de Desenvolvimento

  • Tomás Ribas Universidade do Porto, Faculdade de Belas Artes, Instituto de Arte Design e Sociedade (i2ADS), Portugal
Palavras-chave: Remote Sensing, Luz, Escuridão, Antropoceno

Resumo

Esse artigo pretende investigar a relação entre luz e escuridão a partir de uma prática artística que utiliza imagens da luz artificial produzidas pelo programa DMSP-OLS (Defense Meteorological Satellite Program/Operational Line-Scan System). Esse programa foi criado, no início dos anos 70, com o objetivo de monitorar as nuvens, sua tem-peratura e movimento. Após ter o primeiro satélite em ór-bita os cientistas responsáveis perceberam que o sensor a bordo, era capaz de detectar a iluminação artificial das cidades durante a noite. Essas imagens se posicionam den-tro de um conjunto de técnicas de análise chamado Remote Sensing que, como o próprio nome indica, são feitas à distância. Apesar de fornecer imensas informações es-sas imagens tendem a privilegiar a luz sobre a escuridão visto que o que é mensurável nelas é a luz. A escuridão existe enquanto vazio e como espaço a ser explorado pela luz. Mas a escuridão não é vazia, e nela se encontra grande resistência ao capitalismo como mostram pensadores como o xamã Yanomami Davi Kopenawa e o economista e ex-deputado constituinte do Equador Alberto Acosta.

Publicado
2022-12-30
Como Citar
Ribas, T. (2022). Remote Sensing: Imagens da Luz e da Escuridão e a Ideia de Desenvolvimento. Revista De Comunicação E Linguagens, (57), 290- 302. Obtido de https://rcl.fcsh.unl.pt/index.php/rcl/article/view/278