Chamada de trabalhos | RCL nº. 58 | Narrativas Digitais: Teorias, Crítica(s), Resultados (Fechado)

2022-09-05

[NOVO PRAZO]: 31 DE JANEIRO, 2023
Data de publicação prevista: Julho 2023

Editores: Rui Torres (Universidade Fernando Pessoa; ICNOVA), Jill Walker Rettberg (Universidade de Bergen, Center for Digital Narrative), Scott Rettberg (Universidade de Bergen, Center for Digital Narrative), Joseph Tabbi (Universidade de Bergen, Center for Digital Narrative)

 

Narrativas Digitais: Teorias, Crítica(s), Resultados

As narrativas digitais incluem histórias em jogos de computador, literatura eletrónica, realidade virtual e aumentada, chatbots, web e aplicações móveis, assim como histórias que circulam nas redes sociais ou são geradas por Inteligência Artificial. Os algoritmos desempenham um papel central nas nossas experiências quotidianas com essas histórias, contribuindo cada vez mais para a organização, geração e estruturação de narrativas.

Este número especial da RCL abordará, em particular, o modo como a compreensão de tecnologias, plataformas e algoritmos nos pode ajudar a entender as narrativas digitais emergentes na nossa sociedade em rede e globalizada. Para isso, uma pesquisa interdisciplinar é necessária, combinando conhecimentos científicos e técnicos sobre plataformas e algoritmos, com lições da narratologia, da semiótica e dos estudos culturais, entre outras disciplinas.

Uma obra digital poderá, por vezes, produzir encontros multi-vocais vagamente estruturados, embora possa,  igualmente, originar narrativas sustentadas e interativas. Tudo depende de como autores e leitores adotam e se adaptam aos meios digitais, como as obras circulam entre autores, co-autores e leitores, e como usamos, criativa e criticamente, as formas de escrita multimodal e em rede.

À medida que novos ambientes computacionais emergem da nossa ecologia mediática distribuída e em constante mudança, também os nossos contextos culturais se alteram e transformam. O impacto da narratividade algorítmica em formas narrativas renovadas e em desenvolvimento requer estudos contextualizados e situados sobre como elas são produzidas, de que modo circulam e como são recebidas, bem como autoavaliação e crítica para explicar como as interações de autores humanos com agentes não humanos são programadas, estruturadas e comunicadas.

O objetivo desta edição é analisar como as narrativas digitais remedeiam os nossos contextos culturais, confirmando ou opondo-se às possibilidades específicas das plataformas, e como essas trocas criam oportunidades para a literacia mediática, educação e justiça social.

Convidamos investigadores e artistas a submeterem artigos ou ensaios visuais que abordam a interação entre narrativas humanas e métodos computacionais em narrativas digitais, selecionando um ou mais dos seguintes tópicos:

Teorias - Especulações e reflexões sobre linguagens e formas nas narrativas digitais:

  • Frameworks: análise, interpretação e visualização;
  • Classificações: taxonomias e vocabulários compartilhados;
  • Efeitos: em leitores/espectadores/jogadores;
  • Pedagogias: competências digitais e literacia mediática;
  • Metodologias: design participativo e/ou centrado no humano, IHC e design feminista;
  • Desdobramentos: narrativa nas culturas de jogos, média sociais e comunidades em rede;
  • Diálogos: formas transmédia e híbridas, experiências imersivas, linguagens e interfaces mediáticas.

Crítica(s) – Interpretação e discussão de narrativas digitais que se focam nos seguintes temas e disputas:

  • Narrar histórias que promovem a justiça social: equidade, diversidade, inclusão;
  • Ecologia: mudanças climáticas e a Cloud, danos ambientais tornados aparentes por via da computação;
  • Narrativas compartilháveis: questões de privacidade, censura e vigilância;
  • Preservação de narrativas e narrativas como preservação: arquivos críticos, património cultural, memória histórica;
  • Utopias, recorrências distópicas, épicas e apocalípticas em narrativas digitais.

Resultados – Apresentação de processos e modelos em narrativas digitais:

  • Ferramentas D.I.Y. e software como forma de crítica cultural;
  • Formas experimentais, expandidas e radicais: paisagens utópicas e outros futuros;
  • Pesquisa criativa, ativismo e arquivismo.

Os artigos podem ser escritos em inglês, francês, espanhol ou português e serão revistos por blind review. Ensaios visuais também serão aceites. A formatação deve estar de acordo com as normas de submissão da revista, e a submissão deve ser feita via plataforma OJS.

Orientações para submissão e instruções para autores: https://rcl.fcsh.unl.pt/index.php/rcl/about/submissions

Para mais informações, contacte Rui Torres: (rtorres at ufp.edu.pt)

Nota: Enviar submissão assinalando que é o número #58