Imagens pensantes do indígena brasileiro no filme Rituais e Festas Bororo, de Luiz Thomaz Reis (1917)

  • Beatriz Avila Vasconcelos Universidade Estadual do Paraná, Brasil
Palavras-chave: Pensatividade das imagens, intericonidade, representações de indígenas brasileiros, Filme etnográfico, Rituais e Festas Bororo

Resumo

Este artigo parte de dois fotogramas contidos em um plano do filme Rituais e Festas Bororo (1917), um dos primeiros filmes etnográficos do mundo, realizado por Luiz Thomaz Reis (1879-1940), cinegrafista da Comissão Rondon, projeto expedicionário científico e colonizador brasileiro liderado por Marechal Cândido Rondon nas primeiras décadas do século XX. Os fotogramas servem de ponto de partida para um exercício de cruzamento de imagens (Samain 2012) pelo qual busco acessar uma atividade pensante das próprias imagens, a partir de sua intericonicidade (Courtine 2013), isto é, de suas redes de memórias em uma cultura visual, acessando imagens sob imagens, em um movimento de documentação por mon-tagem. O objetivo é dar a ver as imagens do filme como “memória de memórias, um grande jardim de arquivos vivos, mais do que isso: uma ‘sobrevivência’, uma ‘super-vivência’” (Samain 2012, 22), capaz de revelar, “em termos sintomais e fantasmais” (Didi-Huberman 2013, 55) a ressurgência de traços de um regime imagético do índígena brasileiro.

Publicado
2022-12-30
Como Citar
Vasconcelos, B. A. (2022). Imagens pensantes do indígena brasileiro no filme Rituais e Festas Bororo, de Luiz Thomaz Reis (1917). Revista De Comunicação E Linguagens, (57), 265 -. Obtido de https://rcl.fcsh.unl.pt/index.php/rcl/article/view/277