DEPOIS DA METRÓPOLE, AS REDES INFO-ECOLÓGICAS E O FIM DA EXPERIÊNCIA URBANA

  • Massimo Di Felice Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo [BR]

Resumo

A crise ecológica contemporânea que gerou cúpulas e debates, que culminou nas

últimas reuniões internacionais organizadas pelas Nações Unidas COP (Conferência das Partes sobre Mudanças do Clima) e que começou a inspirar políticas globais, tanto governamentais quanto de gestão empresarial, é provavelmente uma das expressões máximas da crise do imaginário urbano, baseado na centralidade da ação humana e na separação entre o sujeito e a natureza. A crise definitiva desta concepção antropocêntrica, que marcou a tradição filosófica, política e social do Ocidente, encontra suas origens nas novas formas de conexão possíveis após a difusão das redes ecológicas digitais, isto é, nas diversas formas de conexão de vários tipos de superfícies (Internet de coisas) que permitiram a emissão de informações, em tempo real na rede, de uma infinidade de informações, provenientes de todos os tipos de superfícies e substâncias, vegetais, animais e minerais. Essa inovação desencadeou, em todo o meio-ambiente, uma comunicação generalizada que alterou nossa relação com o meio-ambiente criando info-ecologias, isto é, habitat reticulares complexos que conectam os indivíduos e os espaços físicos a redes de dados e de substâncias diversas. Supera-se, assim, a forma urbana ocidental, baseadas na antropomorfização do espaço e na sua reificação. Às paisagens urbanas sucedem as info-ecologias e as redes conectivas, portadora de uma nova contratualidade entre indivíduo, espaço e informação.

 

Habitar; Redes Digitais; Info-Ecologia

 

Biografia Autor

Massimo Di Felice, Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo [BR]

Massimo Di Felice, Sociólogo pela Un. La Sapienza di Roma, Doutor pela Eca-USP, pôs doutor pela Un. Sorbonne e Livre docente pela Escola de Comunicações e arte da USP.È coordenador do centro internacional de pesquisa Atopos da USP, diretor cientifico do Instituto Toposofia de Roma e fundador do Observatório Internacional Sustenibilia da Un. La Sapienza di Roma. Autor de livros e ensaios publicados em diversos idiomas entre eles Paisagens pos-urbanas o fim da experiência urbana e as foras comunicativas do habitar (traduzido em 6 idiomas) Net-ativismo dall ́azione sociale all ́atto connettivo, Ed. Estemporanee e Net-ativismo, redes digitais e novas pratica de participação ed. Papirus. É também idealizador do manifesto mundial de cidadania digital.

Sociologist by Un. La Sapienza di Roma, Doctor by Eca-USP, doctor by Un. Sorbonne and Professor at the USP Communications and Art School. Coordinator of the Atopos International Research Centre of USP, scientific director of the Institute Toposofia in Rome and founder of the International Observatory Sustenibilia da Un. La Sapienza di Roma. Author of books and essays published in several languages among them Post-urban landscapes the end of the urban experience and the communicative forces of inhabiting (translated into 6 languages) Net-activism dall'azione sociale all'atto connettivo, Ed. Estemporanee and Net-activism, digital networks and new practices of participation ed. Papirus. It is also the idealizer of the worldwide manifesto of digital citizenship.

 

Publicado
2018-04-17
Como Citar
Di Felice, M. (2018). DEPOIS DA METRÓPOLE, AS REDES INFO-ECOLÓGICAS E O FIM DA EXPERIÊNCIA URBANA. Revista De Comunicação E Linguagens, (48). Obtido de https://rcl.fcsh.unl.pt/index.php/rcl/article/view/67
Secção
Artigos