Por uma estética do atrito — a função utópica de um memorial

  • Edson Luiz André de Sousa Universidade Federal do Rio Grande do Sul — Brasil / PPG Psicanálise, Clínica e Cultura / LAPPAP

Resumo

Este texto parte de uma ideia proposta pela pesquisadora portuguesa Silvina Rodrigues Lopes em seu livro “Literatura — defesa do atrito” de pensar a literatura numa certa função de counter-image, abrindo espaços inéditos de pensamento. Desenvolvo uma reflexão sobre a função dos memoriais e sua relação com as utopias. Proponho a ideia do que nomeei como memoriais minimalistas. O Brasil carece de memoriais. Por esta razão, é fundamental evocar a força de resistência de alguns que não fecham os olhos e bocas diante do horror. Se temos ainda alguma esperança de um futuro certamente ela se deve aqueles que não abandonam seus mortos e cuidam das narrativas que ficaram interrompidas. Este texto traz alguns exemplos nesta direção.

 

Memoriais | Utopia | Testemunho | Literatura | Artes Visuais

Biografia Autor

Edson Luiz André de Sousa, Universidade Federal do Rio Grande do Sul — Brasil / PPG Psicanálise, Clínica e Cultura / LAPPAP

Psicanalista. Professor Titular aposentado do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Pós-Doutorado pela EHESS (Paris) e Université de Paris VII. Analista membro da Associação Psicanalítica de Porto Alegre. Professor visitante na Deakin University (Melbourne), Instituto de Estudos Críticos (México), De Paul University (Chicago). Autor entre outros do livro “ Uma invenção da Utopia” (Lumme Editora, São Paulo), Freud: Ciência, Arte e Política em co-autoria com Paulo Endo (LPM, Porto Alegre).

Publicado
2020-05-23
Como Citar
Luiz André de Sousa, E. (2020). Por uma estética do atrito — a função utópica de um memorial. Revista De Comunicação E Linguagens, (52). Obtido de https://rcl.fcsh.unl.pt/index.php/rcl/article/view/35
Secção
Artigos