A inquietante estranheza da microcefalia, modelo da fotografia psiquiátrica em Portugal

  • António Fernando Cascais CIC.Digital - Centro de Investigação em Comunicação, Informação e Cultura Digital

Resumo

A fotografia psiquiátrica dos casos de microcefalia fornece um exemplo por excelência do “unheimlich”, da inquietante estranheza, no cruzamento da técnica, da ciência e da arte. Na Cultura Visual da Medicina em Portugal, os microcéfalos foram objecto de iconografia científica desde Miguel Bombarda a Ernesto Roma, entre outros autores, e ela não deixa de refletir o imaginário social que se projeta sobre a deformidade monstruosa. O extenso estudo de Miguel Bombarda sobre a microcéfala Benvinda, de finais do século XIX, pela sua documentação fotográfica, pela sua extensão e profundidade, bem como pela fundamentação teórica que o sustenta, bem pode ser tomado como o modelo de toda a posterior fotografia psiquiátrica nacional.   fotografia; microcefalia; unheimlich, psiquiatria; Miguel Bombarda

Biografia Autor

António Fernando Cascais, CIC.Digital - Centro de Investigação em Comunicação, Informação e Cultura Digital

António Fernando Cascais teaches at NOVA University of Lisbon and is a senior research fellow at Cic.Digital Resarch Cnenter at the same university. He has published intensely in Cultural and Gender Studies as well in Queer studies, a field where he is an international reputated scholar. He was the Principal Researcher of two funded projects on Knowledge Mediations and the Visual Culture of Medicine in Portugal. He has 40 book chapters published and several scholarly papers in a national and international context and has coordinated several books such as Indisciplinar a Teoria (Fenda, 2004) and Aids through a line (1997).


 

Publicado
2017-06-19
Como Citar
Fernando Cascais, A. (2017). A inquietante estranheza da microcefalia, modelo da fotografia psiquiátrica em Portugal. Revista De Comunicação E Linguagens, (47). Obtido de https://rcl.fcsh.unl.pt/index.php/rcl/article/view/83
Secção
Artigos