A comunicação pública e as agências reguladoras brasileiras

  • Daniela Cidade Programa de Pós-Graduação em Comunicação Pontifícia Universidade Católica do RS (PUCRS) Porto Alegre, Brasil
  • Cleusa Maria Andrade Scroferneker Programa de Pós-Graduação em Comunicação Pontifícia Universidade Católica do RS (PUCRS) Porto Alegre, Brasil

Resumo

O artigo apresenta os resultados da pesquisa[1] realizada sobre a comunicação pública na ambiência digital das agências reguladoras brasileiras. Por tratar-se de autarquias federais criadas, em essência, com grande nível de independência política e, ainda neste caso, estruturas públicas, entendemos as agências reguladoras brasileiras como lugares propícios para mediar o relacionamento do cidadão com as prestadoras de serviço. Parte das discussões acerca das agências, no âmbito acadêmico, tem se dado no campo jurídico[2]. Nesta esfera, de forma ainda incipiente, pesquisadores como Mastrangelo (2005), Krause (2005), Morais (2001) questionam sobre a dimensão da comunicação pública, ou seja, a zona/espaço relacional onde o cidadão deveria ter lugar para a exposição de suas demandas, lugar para o diálogo e a construção de condições mais igualitárias de participação social. Conduzidos pela Hermenêutica de Profundidade, proposta por Thompson (1995), discutimos, no presente artigo, a comunicação pública recorrendo às dimensões normativas e fáticas (Esteves, 2011) da comunicação pública como instância que abriga o conceito e a práxis capazes de imprimir qualidade às democracias. Identificamos, por parte das agências, práticas comunicativas informacionais que não colaboram para o desenvolvimento de processos participativos/dialogais e, portanto, não contribuem para o exercício da cidadania.

agências reguladoras; comunicação pública; comunicação organizacional

Biografias Autor

Daniela Cidade, Programa de Pós-Graduação em Comunicação Pontifícia Universidade Católica do RS (PUCRS) Porto Alegre, Brasil

Daniela Cidade. Mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Coordenadora de Comunicação e Representação Institucional da Rede Marista. É jornalista formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, pós-graduada em Marketing e em Comunicação com o Mercado pela Escola Superior de Propaganda e Marketing. Também formada pelo Curso Internacional de Comunicação Empresarial Aberje/Syracuse. Possui mais de 20 anos de experiência em Comunicação Organizacional, atuando como executiva da área em variados setores e organizações.

Cleusa Maria Andrade Scroferneker, Programa de Pós-Graduação em Comunicação Pontifícia Universidade Católica do RS (PUCRS) Porto Alegre, Brasil

Cleusa Maria Andrade Scroferneker. Pós-Doutorado e Doutorado em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Bolsista PQ/CNPq 2. Professora Titular da escola de Comunicação, Artes e Design e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Coordenadora do Grupo de Estudos Avançados em Comunicação Organizacional – GEACOR/CNPq.

Publicado
2019-04-27
Como Citar
Cidade, D., & Maria Andrade Scroferneker, C. (2019). A comunicação pública e as agências reguladoras brasileiras. Revista De Comunicação E Linguagens, (51). Obtido de https://rcl.fcsh.unl.pt/index.php/rcl/article/view/44