Bertina Lopes: a militant with a brush
Resumo
Este ensaio procura recuperar a memória da artista Bertina Lopes (Maputo, 11 Julho 1924-Roma, 10 Fevereiro 2012) e a sua presença e participação, embora indirecta, na fraternidade nacionalista de Moçambique dos anos 50 e 60. Ao salientar certas alianças, nomeadamente a sua colaboração, na qualidade de ilustradora dialogante, na primeira edição do livro Nós Matámos o Cão-Tinhoso (1964), de Luís Bernardo Honwana, procuro analisar a sua experiência tácita do colonialismo racial português, experiência essa que a levou a munir-se contra o império com uma trincha. Deste modo, proponho que a artista seja considerada como uma das figuras fundadoras de uma genealogia modernista africana.
Palavras-chave: Bertina Lopes, Luís Bernardo Honwana, modernismos anti-coloniais e independentistas, arte moçambicana
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